segunda-feira, 9 de março de 2009

Utopia - Padre Zezinho

Utopia - Padre Zezinho

Das muitas coisas
Do meu tempo de criança
Guardo vivo na lembrança
O aconchego de meu lar
No fim da tarde
Quando tudo se aquietava
A família se ajuntava
Lá no alpendre a conversar
Meus pais não tinham
Nem escola e nem dinheiro
Todo dia o ano inteiro
Trabalhavam sem parar
Faltava tudo
Mas a gente nem ligava
O importante não faltava
Seu sorriso, seu olhar
Eu tantas vezes
Vi meu pai chegar cansado
Mas aquilo era sagrado
Um por um ele afagava
E perguntava
Quem fizera estrepolia
E mamãe nos defendia
E tudo aos poucos se ajeitava
O sol se punha
A viola alguém trazia
Todo mundo então queria
Ver papai cantar pra gente
Desafinado
Meio rouco e voz cansada
Ele cantava mil toadas
Seu olhar no sol poente
O tempo passaE eu vejo a maravilha
De se ter uma família
Enquanto muitos não a tem
Agora falam
Do desquite, do divórcio
O amor virou consórcio
Compromisso de ninguém
Há tantos filhos
Que bem mais do que um palácio
Gostariam de um abraço
E do carinho de seus pais
Se os pais amassem
O divórcio não viria
Chame a isso de utopia
Eu a isso chamo paz.
http://www.youtube.com/watch?v=V30jzpTVFPo

Pensemos nessa música , e lutamos pelo valor das famílias e valorizamos a nossa a cada dia.
Eu siceramente amo e me orgulho por ter nascido em uma família simples mas que preserva valores e me ensinaram valores cristãos e a lutar por uma sociedade justa e fraterna e a dedicar em tudo que faço com amor e carinho.

Pense Nisso

E faço um desafio me escreva contando um pouco de sua família a que mas me tocar será puclicada no blog. mande para: alinefrederico_16@hotmail.com

Tamu Junto ....

Aline Frederico

sexta-feira, 6 de março de 2009




A Semente da Verdade
Certa vez um forasteiro ao passar por uma estalagem, entrou e sentou-se numa das mesas. Uma jovem que ali servia aproximou-se de si, cumprimentando-o enquanto lhe entregava o menu. Este pediu uma refeição ligeira que a jovem anotou.
Depois de ter comido, o forasteiro reparou que não trazia consigo dinheiro, pedindo à jovem que chamasse o estalajadeiro. Quando este se aproximou, disse-lhe:
«Não trago comigo dinheiro com que possa pagar esta refeição, mas se aceitardes poderei oferecer-vos estas duas sementes que contêm em si a Verdade Suprema e que me foram entregues directamente por Deus».
O estalajadeiro, honrado com tal oferta, aceitou.
Antes de sair, o forasteiro chamou a jovem que o tinha atendido de forma simpática e acolhedora, oferecendo-lhe, sem que ninguém o soubesse, a terceira semente que trazia consigo.
O estalajadeiro pegou então nas duas sementes e colocou uma dentro de um cofre e a outra num pedestal do templo para que a população pudesse louvar a Verdade Maior.
A terceira semente, aquela que o forasteiro dera à jovem que servia na estalagem, foi lançada à terra e regada com o amor que essa jovem dedicou a tal tarefa. E enquanto as pessoas se reuniam no templo para louvar a semente da Verdade Maior, e o grupo mais restrito se reunia secretamente para adorar a semente guardada no cofre, a jovem limitava-se caminhar até ao quintal onde, todos os dias, ia regar a pequena semente.
E os anos passaram...
O culto à semente do templo cresceu e espalhou-se pela região. Muitas eram pessoas, multidões imensas, que todos os anos caminhavam até ao templo para irem fazer as suas preces e os seus pedidos.
O outro culto, o da semente guardada no cofre, mais reservado, secreto e misterioso, crescia também, trazendo até ao núcleo central, depois de provas de admissão e rituais vários, muitas pessoas da região.
E enquanto os dois cultos cresciam, a jovem que trabalhava na estalagem passava parte do seu tempo a cuidar da semente que, entretanto, se transformara numa bonita árvore.
E foi então que um grande burburinho se levantou naquela aldeia quando foi anunciada a chegada de um enviado de Deus. Ele, o mesmo homem que anos antes entregara as sementes, entrou na estalagem e sentou-se numa das mesas.
O estalajadeiro, honrado com tal visita, dispensou todos os empregados para que fosse ele o único a servir aquele homem. Foi então que este, ao recusar o menu, disse:
«Servi-me a Verdade».
O estalajadeiro foi então buscar as duas sementes, trazendo-as até si:
«Aqui está a Verdade, Senhor».
O forasteiro olhou para ele confuso, dizendo:
«O que me serves, homem? Achais mesmo que posso comer estas sementes?»
Ao que o estalajadeiro respondeu:
«Mas, Senhor, não me haveis pedido para vos servir a Verdade? Ela aqui está; as sementes que me haveis oferecido.»
O homem levantou-se desapontado, dizendo, enquanto saía:
«Quando eu vos ofereci essas sementes elas eram a verdade, mas hoje a verdade é outra.»
E saiu da estalagem com fome, caminhando pela rua principal da aldeia.
Foi então que, ao passar pelo quintal de uma casa mais afastada, ele viu uma árvore robusta e, junto desta, uma jovem. Aproximou-se.
«Que árvore bonita...», disse ele num leve sorriso.
«Sim, mestre!», respondeu a jovem, reconhecendo-o. «Nasceu da semente que me haveis oferecido anos antes».
Ela aproximou-se então da árvore colhendo alguns frutos que lhe ofereceu, dizendo:
«Aqui está a Verdade que procurais».
Ele sorriu, retorquindo:
«Agora que haveis compreendido, não guardeis esses frutos num cofre para os proteger, nem os coloqueis num pedestal para os adorar, mas doai-os ao mundo para que no mundo uma nova verdade possa nascer.»
E aquele enviado de Deus partiu satisfeito, e sem fome, porque pelo menos uma pessoa tinha compreendido a razão da sua missão, e assim sendo, novos frutos, germinados de uma árvore nascida das mãos sábias de quem soube compreender a verdadeira razão de ser uma semente, iriam ser doados ao mundo saciando-o de uma longa fome.Autor Desconhecido