segunda-feira, 31 de maio de 2010

Tema da semana

Santíssima Trindade

Só existe um Deus, mas n'Ele há três Pessoas divinas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo

O mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. Deus se revelou como Pai, Filho e Espírito Santo. Foi Nosso Senhor Jesus Cristo quem nos revelou este mistério. Ele falou do Pai, do Espírito Santo e d'Ele mesmo como Deus. Logo, não é uma verdade inventada pela Igreja, mas revelada por Jesus. Não a podemos compreender, porque o Mistério de Deus não cabe em nossa cabeça, mas é a verdade revelada.

Santo Agostinho (†430) dizia que: “O Espírito Santo procede do Pai enquanto fonte primeira e, pela doação eterna deste último ao Filho, do Pai e do Filho em comunhão” (A Trindade, 15,26,47).


Ouça Podcast sobre a Santíssima Trindade com professor Felipe


Só existe um Deus, mas n'Ele há três Pessoas divinas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. Não pode haver mais que um Deus, pois este é absoluto. Se houvesse dois deuses, um deles seria menor que o outro, e Deus não pode ser menor que outro, pois não seria Deus.

A Trindade é Una. “Não professamos três deuses, mas um só Deus em três Pessoas: “A Trindade consubstancial” (II Conc. Constantinopla, DS 421). “O Pai é aquilo que é o Filho, o Filho é aquilo que é o Pai, o Espírito Santo é aquilo que são o Pai e o Filho, isto é, um só Deus por natureza” (XI Conc. Toledo, em 675, DS 530). “Cada uma das três pessoas é esta realidade, isto é, a substância, a essência ou a natureza divina” (IV Conc. Latrão, em 1215, DS 804).

A Profissão de Fé do Papa Dâmaso diz: “Deus é único, mas não solitário” (Fides Damasi, DS 71). “Pai”, “Filho”, “Espírito Santo” não são simplesmente nomes que designam modalidades do ser divino, pois são realmente distintos entre si: “Aquele que é Pai não é o Filho, e aquele que é o Filho não é o Pai, nem o Espírito Santo é aquele que é o Pai ou o Filho” (XI Conc. Toledo, em 675, DS 530). São distintos entre si por suas relações de origem: “É o Pai que gera, o Filho que é gerado, o Espírito Santo que procede” (IV Conc. Latrão, e, 1215, DS 804).

A Igreja ensina que as Pessoas divinas são relativas umas às outras. Por não dividir a unidade divina, a distinção real das Pessoas entre si reside unicamente nas relações que as referem umas às outras:

“Nos nomes relativos das Pessoas, o Pai é referido ao Filho, o Filho ao Pai, o Espírito Santo aos dois; quando se fala destas três Pessoas, considerando as relações, crê-se todavia em uma só natureza ou substância” (XI Conc. Toledo, DS 675). “Tudo é uno [n'Eles] lá onde não se encontra a oposição de relação” (Conc. Florença, em 1442, DS 1330). “Por causa desta unidade, o Pai está todo inteiro no Filho, todo inteiro no Espírito Santo; o Filho está todo inteiro no Pai, todo inteiro no Espírito Santo; o Espírito Santo, todo inteiro no Pai, todo inteiro no Filho” (Conc. Florença, em 1442, DS 1331).

Aos Catecúmenos de Constantinopla, S. Gregório Nazianzeno (330-379), “o Teólogo”, explicava:

“Antes de todas as coisas, conservai-me este bem depósito, pelo qual vivo e combato, com o qual quero morrer, que me faz suportar todos os males e desprezar todos os prazeres: refiro-me à profissão de fé no Pai e no Filho e no Espírito Santo. Eu vo-la confio hoje. É por ela que daqui a pouco vou mergulhar-vos na água e vos tirar dela. Eu vo-la dou como companheira e dona de toda a vossa vida. Dou-vos uma só Divindade e Poder, que existe Una nos Três, e que contém os Três de maneira distinta. Divindade sem diferença de substância ou de natureza, sem grau superior que eleve ou grau inferior que rebaixe [...]. A infinita conaturalidade é de três infinitos. Cada um considerado em si mesmo é Deus todo inteiro [...]. Deus os Três considerados juntos. Nem comecei a pensar na Unidade, e a Trindade me banha em Seu esplendor. Nem comecei a pensar na Trindade, e a unidade toma conta de mim (Or. 40,41).

O primeiro Catecismo, chamado "Didaqué", do ano 90 dizia:

"No que diz respeito ao Batismo, batizai em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo em água corrente. Se não houver água corrente, batizai em outra água; se não puder batizar em água fria, façais com água quente. Na falta de uma ou outra, derramai três vezes água sobre a cabeça, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Didaqué 7,1-3).

São Clemente de Roma, Papa no ano 96, ensinava: "Um Deus, um Cristo, um Espírito de graça" (Carta aos Coríntios 46,6). "Como Deus vive, assim vive o Senhor e o Espírito Santo" (Carta aos Coríntios 58,2).

Santo Inácio, bispo de Antioquia (†107), mártir em Roma, afirmava: "Vós sois as pedras do templo do Pai, elevado para o alto pelo guindaste de Jesus Cristo, que é a sua cruz, com o Espírito Santo como corda" (Carta aos Efésios 9,1).

"Procurai manter-vos firmes nos ensinamentos do Senhor e dos Apóstolos, para que prospere tudo o que fizerdes na carne e no espírito, na fé e no amor, no Filho, no Pai e no Espírito, no princípio e no fim, unidos ao vosso digníssimo bispo e à preciosa coroa espiritual formada pelos vossos presbíteros e diáconos segundo Deus. Sejam submissos ao bispo e também uns aos outros, assim como Jesus Cristo se submeteu, na carne, ao Pai, e os apóstolos se submeteram a Cristo, ao Pai e ao Espírito, a fim de que haja união, tanto física como espiritual" (Carta aos Magnésios 13,1-2).

São Justino, mártir no ano 151, escreveu essas palavras ao imperador romano Antonino Pio: "Os que são batizados por nós são levados para um lugar onde haja água e são regenerados da mesma forma como nós o fomos. É em nome do Pai de todos e Senhor Deus, e de Nosso Senhor Jesus Cristo, e do Espírito Santo que recebem a loção na água. Este rito foi-nos entregue pelos apóstolos" (I Apologia 61).

São Policarpo de Esmirna, que foi discípulo de S. João evangelista, mártir no ano 156, declarou: "Eu te louvo, Deus da Verdade, te bendigo, te glorifico por teu Filho Jesus Cristo, nosso eterno e Sumo Sacerdote no céu; por Ele, com Ele e o Espírito Santo, glória seja dada a ti, agora e nos séculos futuros! Amém" (Martírio de Policarpo 14,1-3).

Teófilo de Antioquia, ano 181, confirmou: "Igualmente os três dias que precedem a criação dos luzeiros são símbolo da Trindade: de Deus [=Pai], de seu Verbo [=Filho] e de sua Sabedoria [=Espírito Santo]" (Segundo Livro a Autólico 15,3).

S. Irineu de Lião, ano 189, afirmou: "Com efeito, a Igreja espalhada pelo mundo inteiro até os confins da terra recebeu dos apóstolos e seus discípulos a fé em um só Deus, Pai onipotente, que fez o céu e a terra, o mar e tudo quanto nele existe; em um só Jesus Cristo, Filho de Deus, encarnado para nossa salvação; e no Espírito Santo que, pelos profetas, anunciou a economia de Deus [...]" (Contra as Heresias I,10,1).

"Já temos mostrado que o Verbo, isto é, o Filho esteve sempre com o Pai. Mas também a Sabedoria, o Espírito estava igualmente junto d'Ele antes de toda a criação" (Contra as Heresias IV,20,4).

Tertuliano, escritor romano cristão, no ano 210: "Foi estabelecida a lei de batizar e prescrita a fórmula: 'Ide, ensinai os povos batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo'" (Do Batismo 13).

E o Concílio de Nicéia, ano 325, confirmou toda essa verdade:

"Cremos [...] em um só Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, nascido do Pai como Unigênito, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não feito, consubstancial com o Pai, por quem foi feito tudo que há no céu e na terra. [...] Cremos no Espírito Santo, Senhor e fonte de vida, que procede do Pai, com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, o qual falou pelos Profetas" (Credo de Nicéia).


Felipe Aquino

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Reflexão

O tempo e o espaço da esperança

Transformemos a vida em uma lição de amor

Quando eu sei aprender com o passado, eu tenho alegria; da mesma forma, quando eu sei aprender com o futuro, eu tenho esperança. Ninguém tem o controle do tempo, não temos poder sobre isso. Muitas vezes, uma mãe que perdeu um filho gostaria de voltar no tempo e segurar aquele momento para que esse fato não tivesse acontecido, ou um filho que estava com ódio do pai e este acaba morrendo sem que eles se falassem, com certeza, ele gostaria de voltar no tempo para poder conversar com o genitor; mas não temos esse poder.

Às vezes, o nosso desejo é segurar o tempo. Eu não posso dizer ao tempo que ele passe mais rapidamente ou que passe lentamente. Quando somos adolescentes queremos fazê-lo [o tempo] correr, mas não temos essa capacidade.

Transformar a vida em uma lição de amor, isso fez Zilda Arns. Ela não tinha o poder de prolongar o tempo da sua existência, mas tinha o tempo de transformar a sua vida em uma lição de amor.

Porque é possível ampliar com o amor o nosso tempo. Amar é cuidar do outro, é olhar para o outro como alguém cheio de possibilidades. Eu jogo pedra em alguém porque não paro para imaginar a dor que o outro sente. O Cristianismo perde o sentido se eu não consigo viver esta completude da palavra "amar".

O tempo nos ensina o quanto podemos melhorar ao nos levantarmos das quedas. Com ele podemos olhar para as pessoas que marcaram a nossa vida, com as quais aprendemos algo bom. O passado não pode nos escravizar, as pessoas erram sim, mas é preciso olhar para a nossa vida e ver que as nossas cicatrizes também foram moldando o nosso caráter.

Todos nós temos uma missão e o enfrentamento dessa missão garante um outro significado para nossa história.

Há algumas coisas em nossa vida que são transitórias e outras, definitivas. Para conseguirmos viver bem é necessário entender que a nossa vida é um presente de Deus. Nós não dominamos o tempo, mas o espaço sim. Um sorriso que eu dou ao outro faz o espaço ampliar. Em muitos momentos, nosso amigo não precisa do que vamos dizer a ele, mas estar perto dele é o que faz a grande diferença, e é isso de que o outro precisa.

Quando somos simples o outro nunca vai ser invisível para nós. É na simplicidade que eu percebo Deus e consigo ver que Ele está perto de mim.

Que o nosso tempo e o nosso espaço sejam de leveza de quem se deixou amar por Deus. É preciso aproveitar o tempo para que este espaço seja preenchido com amor, de modo que este nos torne mais leves. Para isso é preciso ter a simplicidade de perceber que o Senhor vem cuidar de nós nas situações mais simples e cotidianas da nossa vida.

Gabriel Chalita

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Música

Maior é Deus

Adriana (católica)

Composição: Ítalo Villar e Arnóbio Moreira

Quantas vezes nós pensamos que o melhor é o que queremos
Só que Deus enxerga à frente e nos prepara o caminho.
Não sabemos como orar direito, tão pouco pedir
Mas o Espírito de Deus, Ele ora em nós, sabendo agir.

As demoras e os fracassos em Deus, podem ser vitórias
Olha os lírios, veja as aves como canta ao Senhor.
Quando cantam em tom menor enxergam que o maior é Deus
E voam livres, sempre livres, com os dons que Deus lhes deu.

Louve pela dor, enxergue o zelo de Jesus
Erga essa cabeça, sua paixão é pela cruz
Suba a montanha, igual ao Mestre contemplai
Abra os seus ouvidos e proste-se com o coração
Com o coração.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Formação

Nada pela força, tudo pelo amor!

Só o amor cura, transforma e convence

A sabedoria contagia e se apresenta com doçura. Se você faz as coisas com doçura as pessoas vão amá-lo, pois você as terá conquistado.

Ninguém será capaz de trazer alguém para Deus por meio da exortação, mas através de gestos concretos de amor. Só o amor cura, só o amor transforma, só o amor convence. É ele, o amor, que nos leva a ultrapassar os nossos limites.

Quando nós nos colocamos a serviço de alguém – essa pessoa entende que o que estamos lhe dando é o amor. Existem coisas que são extremamente doces neste mundo, uma delas, por exemplo, é sermos tratados pelo nosso nome; coisas simples é que fazem diferença. São pequenos gestos de carinho que não pesam para ninguém. Como é bom quando alguém se lembra de nós, quando não só nos admira, mas nos ama.

"Meu filho, faze o que fazes com doçura, e mais do que a estima dos homens, ganharás o afeto deles.. Quanto mais fores elevado, mais te humilharás em tudo, e perante Deus encontrarás misericórdia, porque só a Deus pertence a onipotência, e é pelos humildes que Ele é verdadeiramente honrado" (Eclesiástico 3,19-21).

O humilde não tem ambições por grandezas. O interessante é que o homem sábio não quer apenas ser feliz, mas fazer o outro feliz. Dom Bosco diz que o jovem não precisa simplesmente saber que é amado, ele precisa de gestos concretos de amor. Muitas vezes, o que os seus familiares mais querem é a sua atenção. Se você quer atingi-los, deve antes descobrir do que eles estão precisando. O que você pode fazer é se colocar ao alcance das pessoas. Não existe amizade sem compromisso.

Dizia São Francisco de Sales: "Nada pela força, tudo pelo amor!". Nisso está o verdadeiro poder.

Eu estou lhe dando o caminho das pedras para que você encontre a Jesus. Cristo quer que todos experimentem da doçura d'Ele; precisamos determinar que não será pela força que levaremos as pessoas a ter uma experiência com o Senhor, mas sim, pelo amor.

O que mais me impressiona na passagem que conta o encontro da mulher pecadora com Jesus (cf. Jo 8,1-11) é a maneira doce como Nosso Senhor a trata. Eu tenho certeza de que você já teve a oportunidade de ter sido colocado numa roda onde o acusaram. É difícil quando as pessoas que consideramos amigas participam de tal acusação. Isso dói no mais profundo da alma. Mas Jesus não lançou nenhum olhar de acusação, nem para mulher nem para as pessoas que armaram aquela emboscada. Ele lhes faz um desafio. Não foi o Senhor quem as acusou, foram suas consciências.

Nessa passagem da mulher adúltera, Cristo presta o maior serviço que alguém poderia prestar ao próximo: Ele salvou a vida dela.

O Messias conversa com aquela mulher, e ao fazê-lo, a compreende. Não existe um forma de compreender as pessoas sem conversar com elas. Há quanto tempo você não pergunta às pessoas do seu círculo de amizade como elas estão? Existe uma colaboração que só você pode dar; escute as pessoas à sua volta. Só sabemos o quanto um sapato aperta quando o calçamos. Calce o sapato do seu irmão para saber onde está apertando, entre na vida dele.

Quando a gente ama, até o nosso silêncio fala. Muitas vezes pensamos que as pessoas à nossa volta são heroinas; outras vezes, queremos que elas voltem os olhos para nós, fazendo-nos o centro de suas atenções. Mas, entendamos que somente conseguiremos trazer as pessoas para Deus a partir da nossa experiência com Ele. A nossa missão é fazer com que as pessoas amem a Jesus, que se tornem sensíveis ao amor d'Ele. Para nós fica o compromisso de tudo fazermos com doçura.

(Texto adaptado a partir da pregação "Doçura e amor" de fevereiro de 2006)

Márcio Mendes
marciomendes@cancaonova.com
Missionário da Comunidade Canção Nova, formado em teologia, autor dos livros "Quando só Deus é a resposta" e "Vencendo aflições, alcançando milagres".

domingo, 2 de maio de 2010

Momento de reflexão

"A unidade não depende das duas partes... depende de quem sonha, de quem acredita."

Refletindo sobre essa frase podemos pensar é unidade um sonho talvez um utopia mas por lado pode acreditar quem a vivencia é um grande realidade, para mim quando a descobri era sim bem desafiante do que hoje, mas aos pouco fui aprendendo gosta muito da unidade. Ela nós traz apredizado, nos traz amizades, é na diferença do outro que descobrimos as belezas do ser humano.
Viver a unidade é completar o outro no que ele ainda não descobri em si ou talvez no dom que o irmão não tem mais você e pode fazer por ele. Perceba em um hospital cada um tem um função unica mas que seria de um médico sem o enfermeiro, sem o intrumentista no caso de cirugia, que iria limpar o consultório depois de um dia de trabalho se não fosse a faxineira, que marcaria as consulta, auxiliaria a organizar um recepção, atender um telefone se nao fosse o secrétaria , é um simples exemplo, imagina que você faria sem as diversos serviços que são prestado a nós, em nosso cotidiano? Vivenciar a unidade é lindo porque assim você pode servir e ser servido, completar e ser completado, amar e ser amado é um troca mutua de talentos, de aprendizados, de conceito.
Algumas vezes para vive-la temos que aprender a renunciar nossas vontade, de fazer aquilo
que não gostamos mas é por uma caridade para com outro, mas também muitas vezes presenciamos coisas que amamos e as vezes não passariariamos de melhor forma se não fosse a unidade.
Hoje digo sou feliz por a cada dia apreder a vivencia-la com meu próximo, cada momento unidos com meus irmãos , com pessoas a meu redor é inesquecivél cada momento que a unidade me faz sonhar e acreditar num mundo melhor, numa sociedade mais conciente de valores.

Unidade encotramos quando nos abrimos ao diferente, é na diferença que ela tem força, tem sentido, porque senão seria Igualdade chega de preservar a cultura do igual que a midia anda colocando no mundo, vamos luta pelo diferencial ser unicos e autenticos para brilhar como filhos de DEUS que nos fez diferentes na graça e no amor divino.

Tamu junto sempre

Paz e Unidade desejo a todos.

Aline Frederico
Quero amar cada dia mais

Santos são exemplos para nós de vida.

Esse Mês escolhi a historia de um santa que é um exemplo de amor incodicional para todos nós, exite o filme dessa santa que por sinal é belissimo vale a pena assiti-lo, depois de assistir você sairá com outa visão sobre o amor de Cristo por nós.

Santa Josefina Margarida Fortunata Bakhita



Santa irmã morena, como era conhecida, nasceu no Sudão, em 1869. Santa Josefina, como muitos naquele tempo, viveu a dureza da escravidão. Bakhita, que significa afortunada, não foi o nome dado a ela pelos pais, mas por uma das pessoas que, certa vez, a comprou.

Por um cônsul italiano que a comprou, ela foi entregue a uma família amiga de Veneza. Ali, ela tornou-se amiga e também babá da filha nova deles que estava nascendo.

Em meio aos sofrimentos e de uma memória toda marcada pela dor e pelos medos, ela foi visitada pelo amor de Deus. Por que essa família de Veneza teve de voltar para a África, em vista de negócios, tanto a filha pequena quanto a babá foram entregues aos cuidados de irmãs religiosas de Santa Madalena de Canossa. Ali, Santa Bakhita conheceu o Evangelho; conhecendo a pessoa de Jesus, foi se apaixonando cada vez mais por ele.

Com 21 anos, recebeu a graça do sacramento do batismo. Livremente, ela o acolheu e foi crescendo na vida de oração, foi experimentando o amor de Deus e se abrindo à ação do Espírito Santo.

Quando aqueles amigos voltaram para pegar Bakhita e a criança, foi o momento em que ela expressou o seu desejo de ficar, porque queria ser religiosa. Passado o tempo de formação, recebeu a graça de ser acolhida como religiosa. Isso foi sinal de Deus para as irmãs e para o povo que rodeava aquela região.

Santa Josefina Bakhita, conhecida como irmã morena, sempre com o sorriso nos lábios, foi uma mulher de trabalho. Exerceu várias atividades na congregação. Como porteira e bordadeira, ela serviu a Deus através dos irmãos. Carinhosamente, ela chamava a Deus como seu patrão, “o meu Patrão”, ela dizia.

Conhecida por muitos pela alegria e pela paz que comunicava, ela, ao passar a idade, foi acometida por uma grave enfermidade. Sofreu por muito tempo, mas na sua devoção à Santíssima Virgem, na sua vida de oração, sacramental, de entrega total ao Senhor, ela pôde se deixar trabalhar por Deus, seu verdadeiro libertador. Ela partiu para a glória e foi canonizada pelo Papa João Paulo II no ano 2 mil.

Santa Bakhita, rogai por nós!

Reflexão

Prudência, nosso melhor bem
Precisamos da presença das virtudes em nossas vida

“E se alguém ama a justiça, seus trabalhos são virtudes; ela ensina a temperança e a prudência, a justiça e a força: não há ninguém que seja mais útil aos homens na vida. Se alguém deseja uma vasta ciência, ela sabe o passado e conjectura o futuro; conhece as sutilezas oratórias e revolve os enigmas; prevê os sinais e os prodígios, e o que tem que acontecer no decurso das idades e dos tempos. Portanto, resolvi tomá-la por companheira de minha vida, cuidando que ela será para mim uma boa conselheira, e minha consolação nos cuidados e na tristeza” (Sabedoria 8, 7-9).

O mundo de hoje vive uma grande crise de virtudes. Cresce de modo assustador o grande problema dos vícios, seja ele de qual natureza for: vícios de drogas, entorpecentes, cigarro, álcool, entre outros. Esse tipo de conduta chegou a atingir um ponto tão alarmante que, muitas vezes, temos vergonha de fazer a coisa certa. Não é permitido mais fazer o certo, pois se você está certo, você está errado no conceito do mundo. Além dos vícios físicos, ainda há os vícios da alma. Pensa-se: “Perdoar? Imagine! Eu não preciso de ninguém!”

As pessoas acreditam que a virtude deve se dobrar diante do vício; mas é exatamente o contrário que precisa acontecer: é o vício que deve se dobrar diante da virtude. Por isso, há uma necessidade muito grande da presença das virtudes em nossas vidas.

Hoje, vamos nos aprofundar na que é considerada a mãe das virtudes: a prudência. Não existe nenhuma outra coisa se esta não existe. Pensa-se que prudência é ser cauteloso, mas não é isso que as Sagradas Escrituras nos ensinam. Prudência não é sinônimo de cautela. Prudência é ver e perceber aquilo que realmente é importante; é perceber as coisas a partir da luz de Deus e dar a resposta certa no momento certo. Prudência não é medo; é discernimento. Ela não só nos manda ficar, mas também nos manda ir.

A sabedoria é fruto da prudência, as duas são a mesma coisa. Compreendemos o que é preciso fazer e vamos lá e fazemos. Mas para tomar essa atitude precisamos enxergar. A prudência sabe contornar as situações. Vejamos o exemplo da “Parábola das Dez Virgens Prudentes”, que se encontra em Mateus 25, 1-13:

“Então o Reino dos céus será semelhante a dez virgens, que saíram com suas lâmpadas ao encontro do esposo. Cinco dentre elas eram tolas e cinco, prudentes. Tomando suas lâmpadas, as tolas não levaram óleo consigo. As prudentes, todavia, levaram de reserva vasos de óleo junto com as lâmpadas.

Tardando o esposo, cochilaram todas e adormeceram. No meio da noite, porém, ouviu-se um clamor: Eis o esposo, ide-lhe ao encontro. E as virgens levantaram-se todas e prepararam suas lâmpadas. As tolas disseram às prudentes: Dai-nos de vosso óleo, porque nossas lâmpadas se estão apagando. As prudentes responderam: Não temos o suficiente para nós e para vós; é preferível irdes aos vendedores, a fim de o comprardes para vós. Ora, enquanto foram comprar, veio o esposo. As que estavam preparadas entraram com ele para a sala das bodas e foi fechada a porta. Mais tarde, chegaram também as outras e diziam: Senhor, senhor, abre-nos! Mas ele respondeu: Em verdade vos digo: não vos conheço! Vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora”.

Essa passagem bíblica nos mostra bem o que é a prudência. Às vezes, mesmo que tenhamos vontade de ser solidários, não podemos dar algo que vá nos faltar. Muitas vezes, damos de graça aquilo que nos era necessário. Prudência é fruto de Deus, é virtude que vem do Alto.

É fácil saber o que tem de ser feito, a que horas fazer e como fazer? Claro que não. Para cada momento existe uma decisão diferente. Não é sempre a mesma resposta. Se você dá sempre uma mesma resposta para todos os seus problemas, está na hora de ser mais prudente.

Escolher entre o que é bom e ruim no nosso mundo é fácil. Se eu lhe oferecer um pudim cheio de terra e um limpo, qual você vai escolher? É claro que o pudim limpo. Ninguém quer aquilo que não é bom. Por que as pessoas escolhem coisas ruins, então? A escolha entre o bem e o mal é questão apenas de inteligência, nos lembra santo Inácio de Loyola.

Por isso, escolher entre o bem e o mal é questão apenas de sobrevivência. Mas a vida não está baseada simplesmente na escolha do bem. É preciso saber que nem todo bem nos faz bem, nem todo bem faz bem a todos. Isso é o discernimento, é preciso saber escolher entre o bem e o bem devido. Se olhamos, por exemplo, o açúcar, ele é um bem, é bom, mas não faz bem a quem é diabético, nem a quem se recupera de cirurgias. Ou seja, nem todo o bem nos faz bem o tempo todo.

Escolher entre o bem e o bem devido é questão de prudência. Para ser feliz é preciso saber romper com o apego às coisas que são incompatíveis com nossa vida. Essa é a vontade de Deus! Precisamos amadurecer para as escolhas mais difíceis como essa, escolher entre tudo que é bom e encontrar a vontade do Senhor, o bem que nos é devido. Acertar nessa escolha é questão de realização.

A prudência é a mãe de todas as virtudes e é nela que nos encontramos com o Senhor. Ser de Deus não é fácil, mas é possível. Peça a Jesus Cristo prudência para as suas decisões. Amém.

Padre Xavier
Comunidade Canção Nova